o fim da ciência
John D. Barrow
Impossibilidade
Os limites da ciência e a ciência dos limites
Ed. Bizâncio, Lisboa 2005
Impossibilidade
Os limites da ciência e a ciência dos limites
Ed. Bizâncio, Lisboa 2005
As estantes estão cheias de livros que dissertam sobre as conquistas da mente e sobre os chips de silício. As pessoas esperam que a ciência lhes diga o que pode e o que deve ser feito. Os governos procuram ajuda dos cientistas para melhorar a qualidade de vida e esperam que esses mesmos cientistas nos protejam de "progressos" anteriores. Os futurólogos consideram que a investigação humana não tem limites, enquanto os cientistas sociais consideram que o monte de problemas que esta suscita nunca mais tem fim. A visão que os média apresentam do futuro da ciência é dominada pelas nossas expectativas de grandes intervenções: a decifração do código genético humano, a cura de todas as doenças físicas, a manipulação dos próprios átomos do universo material e, finalmente, o fabrico de formas de inteligência que ultrapassam a nossa. O progresso humano assemelha-se, cada vez mais, a uma corrida à manipulação, em grande e pequena escala, do mundo que nos rodeia.
(...)
Vivemos em tempos estranhos. Vivemos também em lugares estranho. À medida que investigamos mais profundamente as estruturas lógicas interligadas que suportam a natureza da realidade, acredito que podemos esperar encontrar mais destes resultados profundos que limitam o conhecimento. O nosso conhecimento do Universo tem uma pequena vantagem. Finalmente, talvez cheguemos a descobrir que a vantagem fractal do nosso conhecimento do Universo define o seu carácter com mais exactidão do que o seu conteúdo, que o que não pode ser conhecido é mais revelador do que o que pode sê-lo.
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Vivemos em tempos estranhos. Vivemos também em lugares estranho. À medida que investigamos mais profundamente as estruturas lógicas interligadas que suportam a natureza da realidade, acredito que podemos esperar encontrar mais destes resultados profundos que limitam o conhecimento. O nosso conhecimento do Universo tem uma pequena vantagem. Finalmente, talvez cheguemos a descobrir que a vantagem fractal do nosso conhecimento do Universo define o seu carácter com mais exactidão do que o seu conteúdo, que o que não pode ser conhecido é mais revelador do que o que pode sê-lo.
Se soubéssemos o que não sabemos não teríamos o que saber.
jctp disse... 5.3.07
Ou melhor, sabemos, mas quando queremos dizer já não sabemos.
Rita disse... 6.3.07
Mas que tremendo absurdo obscurantista...
Ricardo disse... 22.3.07
JCTP, nós teríamos de pensar sobre se o que sabemos, sabemos mesmo... Sempre cabe um "por quê?"
Rita, essa é uma cara questão filosófica entre "pensamento e linguagem" e é interessante investigar os limites do que chamamos conhecimento.
Ricardo, totalmente fora.
Anónimo disse... 17.3.09
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