razão consentida

Jorge Urrutia
Leitura do Obscuro
Uma Semiótica de África
Ed. Teorema, 2000


Este livro fala de uma África que não é. Ou melhor, de uma África que é, mas que não está, que está, mas que não existe. Não sou um especialista em estudos africanos nem em etnologia. Também não sou antropólogo. Pouco viajei por África e apenas conheço a África Subsariana.

(...)

No Teseo de André Gide, Édipo explica bem que desejava rebentar não tanto os seus olhos, mas sim a teia, “essa decoração entre a qual me afanava, essa mentira em que tinha deixado de acreditar, para alcançar, por fim, a realidade”.
Porque o Édipo de Gide compreendeu por fim que o olhar se tinha confundido com aquele que é olhado. Por isso, cego, conclui, sem dúvida iluminado: “Oh, escuridão, minha luz!”

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